Países bálticos acusam o Kremlin pela morte do opositor russo Navalny

Velas e flores ao lado da foto do falecido líder da oposição russa Alexey Navalny durante uma vigília após sua morte, do lado de fora da Embaixada da Rússia em Riga, Letônia, em 16 de fevereiro de 2024  | EFE/EPA/TOMS KALNINS

"É um fato e é algo que deveria se saber sobre a verdadeira natureza do atual regime russo"

Os governos dos países bálticos, Estônia, Letônia e Lituânia, acusaram nesta sexta-feira o Kremlin de estar por trás do "assassinato" do líder opositor russo Alexei Navalny, cuja morte súbita foi anunciada hoje pelas autoridades prisionais da região onde cumpria sua sentença.

"Não importa o que pensamos de Alexei Navalny como político; ele acaba de ser brutalmente assassinado pelo Kremlin", escreveu na rede social X o presidente da Letônia, Edgars Rinkevics.

"É um fato e é algo que deveria se saber sobre a verdadeira natureza do atual regime russo", acrescentou.

Por sua vez, seu homólogo lituano, Gitanas Nauseda, declarou que Navalny "não morreu na prisão, mas foi assassinado pela brutalidade do Kremlin", com o objetivo de "silenciar a oposição a qualquer preço".

Nauseda pediu "consequências" para Moscou e que os responsáveis ​​sejam levados à Justiça.

Já o presidente da Estônia, Alar Karis, lembrou que a "triste verdade" é que o Kremlin "silencia os opositores do regime" há décadas e mencionou os assassinatos da jornalista Anna Politkovskaya e do político Boris Nemtsov.

As autoridades prisionais russas anunciaram hoje a morte súbita de Navalny na prisão e prometeram investigar as circunstâncias que rodearam sua morte.

O opositor cumpria pena em uma prisão da região do Ártico por "apoiar o extremismo", após um julgamento que, segundo os seus apoiadores, teve motivação política.

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