Em nota, o partido do Primeiro-Ministro, o conservador Likud, disse que Gantz deveria "parar com mesquinharias políticas"
Israel vive um dia tenso na sua política, com o pedido de um integrante do governo de emergência do país pedindo eleições nacionais antecipadas.
Segundo informações da CNN, Benny Gantz, opositor ao Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu que faz parte do gabinete de guerra que foi formado em Israel diante do conflito com o grupo terrorista Hamas, pediu que eleições sejam realizadas em setembro.
"Para que possamos permanecer unidos e ter sucesso nos desafios que enfrentamos, a população deve saber que em breve pediremos mais uma vez que demonstre a sua confiança, que não ignoraremos a catástrofe do 7 de Outubro [data dos ataques do Hamas que iniciaram a guerra em Gaza] e o que ocorreu antes disso", disse Gantz em uma entrevista coletiva, na qual disse que notificou Netanyahu sobre seu pedido para eleições antecipadas.
Em nota, o partido do Primeiro-Ministro, o conservador Likud, disse que Gantz deveria "parar com mesquinharias políticas" enquanto Israel estiver em guerra e que eleições nacionais neste momento apenas levariam à "paralisia, divisão, prejuízo aos combates em Rafah e às chances de um acordo sobre os reféns".
"O [atual] governo continuará até que todos os objetivos da guerra sejam alcançados", acrescentou o Likud.
Antes da guerra, Netanyahu, que voltou ao poder no final de 2022, vinha acuado por acusações de corrupção e pela reação a um projeto de reforma do Judiciário, que gerou grandes protestos em Israel.
Depois dos atentados do Hamas, o primeiro-ministro formou um gabinete emergencial com membros da oposição, que vai durar apenas até o fim da guerra e que toma decisões somente sobre o conflito, mas o premiê segue contestado pela população, que questiona as falhas que permitiram os atentados do Hamas e a falta de avanços nas negociações para libertar cerca de 130 reféns que seguem nas mãos do grupo terrorista e de aliados em Gaza.
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