Presidente do Equador declara estado de exceção em 7 províncias

O presidente do Equador, Daniel Noboa, durante reunião no Palácio do Governo, em Quito, nesta quarta-feira (22) | Foto: EFE/Presidência do Equador

Em resposta ao aumento da criminalidade, Daniel Noboa impôs a medida, que permite ações intensificadas das forças de segurança

Na quarta-feira, 22 de maio de 2024, o presidente do Equador, Daniel Noboa, anunciou o estado 
de exceção em sete províncias e em parte de outra, em resposta ao crescimento da criminalidade.

"Em 9 de janeiro, ao declarar guerra aos grupos terroristas, estávamos em um caos 
generalizado", explicou Noboa. Ele acrescentou, conforme relata o Poder360, que, depois de cinco meses, a paz foi alcançada. "Hoje, entramos em uma segunda fase dessa guerra."

Medidas de Segurança

De acordo com Noboa, as facções criminosas recuaram para sete Províncias: Los Ríos, Guayas, 
Santa Elena, Manabi, El Oro, Sucumbios e Orellana, e também para uma parte da Província de Azuay, em resposta à ofensiva governamental.

"Não vamos perder o que conquistamos", declarou o presidente. Ele justificou o estado de 
exceção como necessário nas Províncias que mais precisam da atuação livre das Forças Armadas e da Polícia Nacional.

Essa medida será aplicada por 60 dias e vai permitir que as forças de segurança entrem em 
residências e interceptem correspondências sem necessidade de autorização prévia.

Contexto político

Daniel Noboa assumiu a Presidência em novembro de 2023, em um mandato provisório de um ano e meio. A eleição que o levou ao poder estava originalmente programada para 2025. 

Foi, porém, antecipada depois de o ex-presidente Guillermo Lasso utilizar a cláusula constitucional da "morte cruzada" para dissolver a Assembleia Nacional, em maio, durante um processo de impeachment. Lasso optou por não concorrer nas eleições subsequentes.

A plataforma política de Noboa foca principalmente a reforma do sistema prisional e judicial do Equador. Ele defende o treinamento de policiais em técnicas de resolução pacífica de conflitos e o desenvolvimento de programas de reabilitação para detentos, com o objetivo de diminuir as taxas de reincidência.

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