Quem é o brasileiro Michel Nisenbaum, morador de Israel há mais de 40 anos que foi raptado e morto pelo Hamas

O carioca Michel Nisenbaum foi morto no dia 7 de outubro, enquanto dirigia para buscar sua neta em um posto das IDF, perto de Gaza | Foto: Reprodução/Redes Sociais

Ele emigrou para Israel aos 13 anos com sua família


As Forças de Defesa de Israel (IDF) recuperaram o corpo do brasileiro Michel Nisenbaum, junto ao de outros dois civis que participavam do festival Supernova no dia do ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro. O refém, natural do Rio de Janeiro, era considerado vivo até o momento.

Michel, de 59 anos, tinha dupla nacionalidade e morava no país há mais de 40 anos, tendo residido nos últimos sete anos na cidade de Sderot, localizada perto da fronteira com Gaza.

Ele emigrou para Israel aos 13 anos com sua família e lá teve duas filhas e foi avô de seis netos, apesar de não ter conhecido a última.

Nisenbaum foi raptado na área de Mefalsim, no dia do ataque surpresa do Hamas. Ele estava dirigindo até a base da Divisão de Gaza das IDF, perto de Re'im, para buscar sua neta, que estava com o pai no serviço, mas foi surpreendido por terroristas no caminho e nunca mais fez contato com sua família. Desde então, ele era considerado um refém.

Seu carro foi identificado pelas autoridades israelenses carbonizado em uma estrada da região de fronteira com o enclave palestino.

Apesar da formação na área da computação, o último trabalho de Nisenbaum foi como guia turístico no país. Já atuou também como motorista, entregador, vendedor e prestador de serviços na área de formação, a informática.

Em entrevistas do ano passado à imprensa brasileira, a família de Michel contou que ele era um avô presente, muito ligado aos netos.

Uma das filhas do brasileiro, Hen Mahlouf, disse estar de "coração partido" desde que recebeu a notícias da morte do pai. "Quem diria que essa seria nossa história, que esse seria seu fim. Nosso papi, meu coração está partido", publicou em suas redes sociais.

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas afirmou que o brasileiro era "um homem de muitos talentos" e, além de sua atuação profissional, também foi voluntário da Magen David Adom, serviço nacional de emergência médica e desastres de Israel, onde atuou como motorista de ambulância, e da Polícia de Fronteira.

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