Reino Unido retoma financiamento à agência da ONU cujos funcionários foram acusados de apoiar o Hamas

Primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, assumiu o governo neste mês| Foto: EFE/EPA/NEIL HALL/POOL

Lammy
 disse ao Parlamento que o Reino Unido enviará um montante inicial de 21 milhões de libras (cerca de US$ 27 milhões) 


O governo do Reino Unido restabeleceu nesta sexta-feira (19) o financiamento à agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), que o país havia suspendido quando Israel vinculou 12 funcionários da entidade aos ataques cometidos pelo Hamas em 7 de outubro.

O ministro das Relações Exteriores britânico, David Lammy, disse ao Parlamento que o Reino Unido enviará um montante inicial de 21 milhões de libras (cerca de US$ 27 milhões) para permitir que a organização forneça serviços básicos em Gaza.

Junto aos EUA, o Reino Unido era um dos países que não havia retomado as contribuições para a agência humanitária, que demitiu vários funcionários e fez mudanças internas após as acusações de Israel.

O ministro britânico explicou que ontem à noite conversou com o secretário-geral da ONU, António Guterres, para informá-lo da decisão, que já havia sido tomada pela União Europeia e por países como Alemanha, França, Suécia e Japão.

Lammy disse aos parlamentares na Câmara dos Comuns nesta sexta-feira que, depois de analisar o plano de ação da UNRWA, o governo britânico está confiante de que a organização "tomou medidas para garantir que atenda aos mais altos padrões de neutralidade".

"A ajuda humanitária é uma necessidade moral diante dessa catástrofe, e são as agências de ajuda que garantem que o apoio do Reino Unido chegue aos civis", disse.

A UNRWA é "absolutamente fundamental para esses esforços", pois "nenhuma outra agência pode fornecer ajuda na escala necessária" e também "será vital para a futura reconstrução" da Faixa de Gaza, justificou o governo trabalhista na decisão.

O chefe da diplomacia britânica, que visitou a zona de conflito há alguns dias, reiterou seu apelo por "um cessar-fogo imediato para libertar os reféns e acabar com o sofrimento em Gaza".

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