"Advertimos os civis localizados em áreas onde o Hezbollah atua para que se afastem do perigo imediatamente para sua própria segurança", declarou Hagari
O Hezbollah atacou, neste sábado (24), cidades, assentamentos e postos militares israelenses. Alguns dos locais foram atingidos pela primeira vez após o início dos bombardeamentos nos últimos 10 meses.
A hostilidade foi dada como resposta após os ataques do dia anterior contra diversas aldeias no sul do Líbano, onde a tensão tem aumentado. Sete combatentes do grupo terrorista foram mortos pelo exército israelense.
Em resposta, Israel lançou na madrugada deste domingo (25) uma nova série de bombardeios no Líbano depois de identificar que o grupo xiita preparava “um amplo ataque" contra o país.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) "identificaram que a organização terrorista Hezbollah estava se preparando para disparar mísseis e foguetes contra o território israelense. Em resposta a essas ameaças, as forças estão atacando alvos terroristas no Líbano", informou o alto comando militar israelense em comunicado.
Hostilidades entre Israel e Hezbollah seguem escalando
Ao longo do sábado, membros do Hezbollah lançaram investidas contra diferentes posições no norte de Israel. Um dos alvos destruídos pelo grupo foi o equipamento de vigilância na base próxima ao território israelense.
Os ataques atingiram as regiões da Ramtha e Zebdine, nas disputadas colinas de Kafrchouba e nas quintas de Shebaa, bem como em Bayad, além de Hanita, no norte de Israel.
Foram usados fogos de artilharia, projéteis e "armas apropriadas". O Hezbollah assumiu a responsabilidade como uma "retaliação pela agressão do inimigo às aldeias do sul".
Ao longo do dia, o Hezbollah anunciou a morte de um dos seus integrantes, Ibrahim Hassan Fadel, de 21 anos, conhecido como "Jihad". Não foram divulgados detalhes sobre o motivo da morte, o que tem sido comum desde as recentes perdas de seus combatentes.
A preocupação com o nível da violência da guerra aumentou com a morte do líder militar do Hezbollah no final de julho, após um ataque israelense no Líbano, e o assassinato do ex-líder do Hamas no Irã, que acusou Israel de assassinato. O Hezbollah e Teerã prometeram retaliação.
Para Israel, novo bombardeio foi "ato de autodefesa"
O Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está dirigindo as operações a partir da base militar de Kirya, em Tel Aviv, juntamente com o ministro da Defesa, Yoav Galant, que declarou estado de emergência militar e entrou em contato com o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, para atualizá-lo.
A estratégia israelense constitui um "ato de autodefesa", afirmou o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, em uma mensagem de vídeo na qual enfatizou que as forças israelenses "estão atacando alvos terroristas no Líbano, de onde o Hezbollah planejava lançar seus ataques contra civis israelenses".
O grupo xiita pró-Irã "disparará foguetes e possivelmente mísseis e veículos aéreos não tripulados contra o território israelense", alertou, classificando a ação do Hezbollah de "um ataque extensivo a Israel" a partir de áreas próximas a casas de civis no sul do Líbano.
"Advertimos os civis localizados em áreas onde o Hezbollah atua para que se afastem do perigo imediatamente para sua própria segurança", declarou Hagari.
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