"Acreditamos que todas essas áreas fazem parte integral de Israel, e os Estados Unidos e seus aliados devem reconhecer a soberania israelense sobre essas terras"
A última eleição foi uma declaração poderosa do povo americano, expressando confiança na capacidade de Donald Trump de promover mudanças positivas para o país. Menos de dois meses depois, várias organizações importantes pediram ao Presidente que aproximasse Israel um passo a mais da visão profética de retorno dos judeus à terra prometida.
A Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC) aprovou uma resolução defendendo que os EUA apoiem a soberania israelense sobre Judeia e Samaria. A CPAC é uma conferência política anual que reúne ativistas e autoridades conservadoras de todo o país. O evento é organizado pela União Conservadora Americana (ACU).
Rolaram discussões intensas na CPAC deste ano, envolvendo o presidente do Conselho de Yesha (Judeia e Samaria), Israel Ganz, que também é governador do Conselho Regional de Binyamin, além de figuras importantes da CPAC. Também estavam presentes o ministro dos Assuntos da Diáspora, Amichai Chikli, e o CEO do Conselho de Yesha, Omer Rahamim.
A resolução foi lida na conferência na última quinta-feira por KT McFarland, ex-assessora adjunta de segurança nacional na primeira administração de Donald Trump.
"Acreditamos que todas essas áreas fazem parte integral de Israel, e os Estados Unidos e seus aliados devem reconhecer a soberania israelense sobre essas terras", dizia a resolução.
O texto também destacou a conexão especial entre Israel e os EUA, além de apoiar a abordagem de Trump de alcançar a paz por meio da força e garantir uma vitória total para Israel.
History in Washington - A Big Step on the Road to Sovereignty!
— IdostandwithIsrael🇮🇱 Israel news (@idostandwithIL) February 24, 2025
Initiated by the Yesha Council - the CPAC conference of right-wing leaders around the world made a dramatic decision to support the application of Israeli sovereignty in Judea and Samaria at a conference held in pic.twitter.com/qtXOBLizEf
Ganz comparou a resolução à histórica Declaração Balfour de 1917, emitida pelo governo britânico, que anunciou seu apoio à criação de um "lar nacional para o povo judeu" em Israel.
"Sua declaração é semelhante à Declaração Balfour", disse Ganz. "Vocês estão dando validade política aos valores bíblicos e à justiça. Isso é uma bênção imensa para Israel, os EUA e todo o mundo livre. A extensão da soberania marcará o início de uma nova era baseada na verdade histórica: a Terra de Israel pertence ao Povo Judeu e ao Estado Judeu. Esses dias são uma prova da profundidade da parceria entre nossos países, tanto nos processos em andamento quanto na promessa da permanência de Israel na Judeia e Samaria. A declaração de hoje deixa claro o quanto é essencial mudar a realidade da segurança em todas as frentes – no norte, no sul e na Judeia e Samaria – para garantir a segurança do Estado de Israel."
"Gostaria de agradecer ao meu colega, o ministro Amichai Chikli, por sua atuação profissional na promoção da soberania israelense junto a altos funcionários do governo dos EUA e importantes figuras não parlamentares."
"A CPAC já há muito tempo deixou de ser apenas uma organização americana e, em grande parte, se tornou a líder do movimento conservador em escala global. A declaração dessa conferência tão influente, em favor da soberania israelense sobre a Judeia e Samaria, tem uma importância gigantesca, tanto para a posição do novo governo dos EUA quanto para os partidos de direita no Parlamento Europeu e na América Latina."
Também participaram da conferência algumas famílias dos reféns de Gaza, que viajaram de Israel. A resolução reconheceu os esforços delas para libertar seus entes queridos.
Moshe Lavi, the brother-in-law of Israeli hostage Omri Miran, tells how his family was terrorized on October 7 on @CPAC's main stage.
— Kassy Akiva (@KassyAkiva) February 20, 2025
"Being lucky means that you have a hostage in your family that you need to fight for." pic.twitter.com/18UlFgk4ww
Os palestrantes da conferência de 2025 incluíram Donald Trump, JD Vance, Liz Truss e Elon Musk. O presidente da Argentina, Javier Milei, presenteou Musk com uma motosserra, que ele chamou de "a motosserra da burocracia".
Em um esforço paralelo, mas baseado na fé, o deputado israelense Ohad Tal e o rabino Tuly Weisz, líder do Israel365, se reuniram com a pastora Paula White, chefe do escritório de fé da Casa Branca, para discutir a soberania israelense sobre o coração bíblico.
"Foi incrível ouvi-la falar sobre seu compromisso com o povo judeu, com o Estado de Israel, com nossa segurança e com o futuro de Israel", disse Tal.
"Ela realmente entende", acrescentou o rabino Weisz. "Pouco antes da guerra, ela esteve conosco observando a Faixa de Gaza e visitou o Monte do Templo. Ela compreende a importância do Templo em Jerusalém, do Monte do Templo, e que ele precisa pertencer ao povo judeu. Falamos sobre a construção do Terceiro Templo. Tivemos uma conversa muito espiritual e também muito prática."
"Ela entende que não pode haver um Estado palestino", continuou ele. "Ela fará tudo ao seu alcance para impulsionar a soberania sobre a Judeia e Samaria agora, apoiando o projeto de lei do deputado Tal no Knesset."
"Entendemos que essa é a única maneira de tirar dos nossos inimigos a esperança de nos destruir", acrescentou Tal. "Esse é o único caminho para alcançarmos a vitória. Estamos todos orando."
"O momento para a soberania é agora", concluiu o rabino Weisz.
What an honor to visit the White House with @MKOhadTal and discuss Judea & Samaria with @Paula_White of the Faith Office. The time for Sovereignty is NOW! pic.twitter.com/eKYVvrdEJc
— Tuly Weisz (@tulyweisz) February 21, 2025
Maayan Hoffman, da ILTV, relatou recentemente que a organização American Christian Leaders for Israel (ACLI), uma rede com cerca de 3.000 pastores cristãos e líderes de organizações, assinará uma resolução nesta semana reafirmando o direito do povo judeu sobre a Judeia e Samaria durante a convenção da National Religious Broadcasters (NRB). A resolução será oficialmente divulgada em 25 de fevereiro, em Dallas, Texas. Como parte dessa iniciativa, a ACLI está incentivando seus membros a rejeitarem qualquer tentativa internacional de pressionar Israel a abrir mão do controle sobre a Judeia e Samaria.
A Dra. Susan Michael, diretora da ACLI e presidente da filial americana da International Christian Embassy Jerusalem (ICEJ-USA), destacou: "Esta resolução é uma afirmação crucial da conexão inegável do povo judeu com o coração bíblico. Em um momento em que a soberania de Israel está sob constante ataque, é fundamental que permaneçamos firmes no reconhecimento dos direitos históricos, legais e morais dos israelenses sobre sua terra ancestral. Qualquer decisão sobre o destino da Judeia e Samaria deve ser tomada por Israel, sem pressões dos EUA ou da comunidade internacional."
Segundo Hoffman, a resolução da ACLI será apresentada ao Presidente Donald Trump, que deve fazer um anúncio semelhante nas próximas duas semanas.
Esses desdobramentos refletem a realidade política e social da região. Uma pesquisa realizada no início deste mês revelou que quase 70% dos israelenses apoiam a extensão da soberania de Israel sobre a Judeia e Samaria. O mesmo levantamento indicou que 71% dos israelenses se opõem à criação de um Estado palestino na região.
Outra pesquisa, recentemente publicada pelo The Guardian, mostrou que menos da metade (48%) dos palestinos apoia a solução de dois Estados, que prevê a criação de um Estado palestino ao lado de um Estado judeu.
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