Trump adverte Irã e diz que 'coisas muitos ruins' vão acontecer se regime não dialogar com os EUA

O Presidente dos EUA, Donald Trump (Foto: EFE/EPA/SHAWN THEW)

O Presidente disse que sua "maior preferência" é "resolver o problema com o Irã"


O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta sexta-feira (28) que "coisas muito ruins" acontecerão ao regime islâmico do Irã se o país não concordar em negociar com Washington sobre seu programa nuclear.

Em declarações à imprensa na Casa Branca, Trump lembrou que no início deste mês enviou uma carta ao líder supremo de Teerã, o aiatolá Ali Khamenei, pedindo que ele negociasse o programa nuclear iraniano.

"Enviei uma carta recentemente a eles e disse que teriam que tomar uma decisão de uma forma ou de outra, e que teríamos que conversar e resolver a situação, ou coisas muito ruins aconteceriam ao Irã. E não quero que isso aconteça", afirmou Trump.

O Presidente disse que sua "maior preferência" é "resolver o problema com o Irã".

"Mas se não resolvermos isso, coisas muito ruins vão acontecer ao Irã", reiterou.

De acordo com a imprensa americana, a carta que Trump enviou a Khamenei no início deste mês incluía um prazo de dois meses para alcançar um acordo sobre o programa nuclear iraniano e afirmava que havia "duas formas de lidar com o Irã: militarmente ou chegando a um acordo".

Nesta quinta-feira (27), o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, disse à agência de notícias estatal IRNA que o regime islâmico havia enviado sua resposta oficial à carta de Trump, mas se recusou a fornecer detalhes sobre seu conteúdo, que o Omã, agindo como intermediário, entregou aos EUA.

Araghchi, sem dar mais detalhes sobre a carta, observou que a política do Irã continua sendo evitar o envolvimento em negociações diretas com Washington sob uma política de pressão e ameaças militares, embora tenha expressado abertura a negociações indiretas, que ocorreram no passado.

Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump ordenou a retirada unilateral dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã, que havia sido negociado em 2015 pelo governo de Barack Obama com China, França, Rússia, Reino Unido e Alemanha.

O pacto limitou o programa nuclear do Irã em troca do levantamento das sanções econômicas e, com sua retirada do acordo, Trump restabeleceu as sanções à Teerã.

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