Uma autoridade de Israel disse que o plano mencionado pela fonte palestina não poderia ser aceito por "nenhum governo responsável"
Uma fonte da Autoridade Palestina afirmou nesta segunda-feira (26) à agência Reuters que o grupo terrorista Hamas concordou com uma proposta de cessar-fogo na guerra na Faixa de Gaza que teria sido apresentada pelo enviado especial dos Estados Unidos, Steve Witkoff, mas Israel negou em seguida que se tratasse da proposta americana e afirmou que não teria como aceitá-la. O próprio Witkoff negou que o plano que propôs era o mencionado pela fonte.
A fonte palestina, próxima do Hamas, disse à agência britânica que a proposta incluiria a libertação de dez reféns vivos, um cessar-fogo de 70 dias e uma retirada parcial das tropas israelenses da Faixa de Gaza, e teria sido recebida pelo Hamas por meio de mediadores.
Pelo acordo, Israel libertaria "vários" prisioneiros palestinos, incluindo "centenas" que cumprem penas de prisão longas.
Porém, procurada pela Reuters, uma autoridade de Israel disse que o plano mencionado pela fonte palestina não poderia ser aceito por "nenhum governo responsável" e que a proposta não era a mesma apresentada por Witkoff.
O próprio enviado dos Estados Unidos confirmou que seu plano é diferente e que a proposta mencionada pela fonte da Reuters é "completamente inaceitável".
Nesta segunda-feira, Witkoff esclareceu à CNN como seria sua proposta. "Israel concordaria com um acordo temporário de cessar-fogo/reféns que resultaria no retorno de metade dos [reféns] vivos e metade dos mortos, levando a negociações substanciais para encontrar um caminho para um cessar-fogo permanente, que concordei em presidir", disse Witkoff, que não especificou de quanto tempo seria o cessar-fogo temporário.
Hoje, 24 reféns vivos ainda estão em Gaza, além de pelo menos outros 35 que estão mortos, segundo informações do governo de Israel. Devido a um impasse na renovação de um cessar-fogo, que estava em vigor desde 19 de janeiro, israelenses e o Hamas voltaram a trocar ataques em março. Desde então, conversas para uma nova trégua estão travadas.
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