China vai ampliar cooperação militar com Rússia em 'nova era' de parceria

Xi Jinping e Putin, durante encontro do Brics em 2024 (Foto: EFE/EPA/MAXIM SHEMETOV / POOL)

Além da cooperação militar, a aliança entre China e Rússia se estende a outros campos estratégicos, incluindo diplomacia, energia e influência política na América Latina

O regime comunista da China está pronto para ampliar sua cooperação militar com o regime russo, segundo disse nesta quinta-feira (15) o porta-voz do Ministério da Defesa de Pequim, Jiang Bin. A declaração foi feita poucos dias após a visita do ditador Xi Jinping a Moscou, onde participou das comemorações do Dia da Vitória ao lado do ditador Vladimir Putin, evento que marca a rendição da Alemanha nazista à União Soviética. O anúncio reforça o aprofundamento da aliança entre os dois regimes, em meio à guerra na Ucrânia e ao aumento das tensões globais.

Jiang afirmou que as relações bilaterais entre China e Rússia atingiram um "nível alto" e destacou que "o Exército de China está preparado para trabalhar com a parte russa para aprofundar a confiança estratégica mútua, melhorar a comunicação estratégica e aumentar a cooperação". Segundo ele, o objetivo é "enriquecer a parceria estratégica" entre os dois países e inaugurar "uma nova era" de colaboração.

A ditadura comunista chinesa também declarou que a intensificação da parceria militar contribuirá para "manter e reforçar a estabilidade estratégica global". A retórica oficial, no entanto, contrasta com as críticas crescentes de países ocidentais, que veem em Pequim um aliado silencioso da invasão russa à Ucrânia. Embora insista em uma postura de "neutralidade", a China tem sido acusada por Kiev e seus aliados da Otan de apoiar politicamente e economicamente o Kremlin.

Além da cooperação militar, a aliança entre China e Rússia se estende a outros campos estratégicos, incluindo diplomacia, energia e influência política na América Latina.

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