Hamas rejeita condições de Israel para acabar com guerra em Gaza

Terroristas do Hamas em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza. 20 de fevereiro de 2025. (crédito da foto: ABED RAHIM KHATIB/FLASH90)

Os EUA têm realizado nesta semana conversas de cessar-fogo com o grupo palestino no Catar, lideradas pelo palestino-americano 
Bishara Bahbah


O grupo terrorista Hamas rejeitou as condições, consideradas pelo grupo "incapacitantes", propostas por Israel para pôr fim à guerra na Faixa de Gaza, que incluem a saída dos líderes do grupo do enclave, a entrega total das armas e a não participação no futuro governo do território, disseram à Agência EFE fontes palestinas próximas às negociações sobre o cessar-fogo.

As fontes, que pediram anonimato devido à sensibilidade do assunto, apontaram que as condições israelenses têm como objetivo "descarrilar as negociações", já que o progresso em direção a um cessar-fogo "está apertando o laço" em torno do Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu.

Nesse sentido, as fontes afirmaram que a presença de uma via de negociação direta entre o Hamas e os Estados Unidos em Doha "deixa Netanyahu irritado" e o leva a intensificar a agressão militar contra a Faixa de Gaza.

As fontes garantiram à EFE que o Hamas "rejeitou categoricamente" essas condições, que foram apresentadas nas últimas negociações realizadas em Doha sob a mediação dos EUA, do Egito e do Catar, e informou a esses mediadores que não as aceitaria.

"A decisão de Netanyahu de retirar a delegação de negociação israelense de Doha há alguns dias foi um ato de exibicionismo com o objetivo de responsabilizar o Hamas por impedir as negociações", enfatizaram as fontes.

De acordo com essa análise, Israel agiu dessa forma "para reverter a situação de pressão externa que enfrenta, especialmente dos EUA e da Europa, que estão pedindo que pare a guerra", além das "crescentes pressões internas dentro da comunidade de ocupação".

Os EUA têm realizado nesta semana conversas de cessar-fogo com o grupo palestino no Catar, lideradas pelo palestino-americano Bishara Bahbah, que comandou o grupo "Árabes-Americanos por Trump" durante a campanha presidencial de 2024 e tem trabalhado em nome do governo dos EUA.

Bahbah já havia trocado mensagens com o Hamas, o que levou à libertação do refém americano-israelense Edan Alexander há algumas semanas.

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