Porto de Hodeida é utilizado para o "trânsito de armas iranianas, equipamentos militares e outros dispositivos destinados a fins terroristas"
Israel anunciou nesta segunda-feira (5) que realizou ataques contra posições dos rebeldes extremistas houthis na cidade portuária de Hodeida, no Iêmen. A operação aérea ocorreu um dia após um míssil balístico, disparado a partir do território iemenita, atingir as proximidades do Aeroporto Internacional Ben Gurion, o principal de Israel, localizado ao leste de Tel Aviv.
Segundo comunicado das Forças de Defesa de Israel (IDF), aviões de combate atacaram "alvos terroristas pertencentes ao regime terrorista houthi, ao longo da costa do Iêmen e também em áreas mais ao interior". A nota ainda afirma que o porto de Hodeida é utilizado para o "trânsito de armas iranianas, equipamentos militares e outros dispositivos destinados a fins terroristas".
As autoridades israelenses não divulgaram, até o momento, informações sobre vítimas ou danos materiais causados pelos bombardeios. No entanto, fontes no Iêmen indicam que o ataque pode ter sido uma retaliação direta ao lançamento do míssil que provocou pânico na região metropolitana de Tel Aviv no domingo.
Após a operação, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, alertou para a resposta do governo a novos ataques.
"Quem nos atacar, receberá uma resposta sete vezes mais forte", afirmou.
Os rebeldes houthis, que controlam áreas estratégicas do norte e oeste do Iêmen desde 2014, intensificaram os lançamentos de mísseis e drones contra Israel desde o início do conflito em Gaza. As ações do grupo, que é armado e financiado pelo Irã, têm como justificativa oficial o apoio à causa palestina. No entanto, para Tel Aviv, trata-se de uma escalada coordenada por Teerã para desestabilizar a região e atacar civis israelenses.
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