Israel convoca embaixadora da Espanha após Sánchez chamar país de 'Estado genocida'

Em debate no Parlamento, o presidente Pedro Sánchez disse que a Espanha não negocia “com um Estado genocida”, em referência a cancelamento de compra de munições de Israel (Foto: EFE/Juan Carlos Hidalgo)

De acordo com a Chancelaria de Israel, com a decisão o governo da Espanha continuou a estar "do lado errado da história" e se posicionou "contra o Estado judeu


Israel convocou a embaixadora da Espanha no país, Ana Salomon Perez, para uma reunião de reprimenda nesta quarta-feira (14), após "declarações duras" do presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez.

"Após as duras declarações feitas pelo presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, a embaixadora da Espanha em Israel foi convocada para uma reunião de reprimenda no Ministério das Relações Exteriores em Jerusalém amanhã", declarou um porta-voz do órgão à Agência EFE.

A convocação da embaixadora foi feita depois que Sánchez declarou no Congresso espanhol que seu governo não comercializa "com um Estado genocida", em resposta às acusações do porta-voz do partido catalão Esquerra Republicana, Gabriel Rufián, de que o governo espanhol comercializa "com um Estado genocida, como Israel".

"Gostaria de deixar uma coisa clara, senhor Rufián. Nós não negociamos com um Estado genocida. Não fazemos isso (...). E acredito que outro dia, desta tribuna, eu especifiquei exatamente do que estávamos falando quando foram ditas algumas coisas que não condizem com a verdade", disse Sánchez.

As declarações foram em resposta à controvérsia que surgiu na Espanha sobre a compra de armas de Israel em meio à ofensiva realizada pelo país na Faixa de Gaza.

Em 24 de abril, Sánchez anunciou o cancelamento de um contrato para a compra de munições de uma empresa israelense a fim de preservar a coalizão com seu parceiro de governo de esquerda, o Sumar.

O contrato era com a IMI Systems para a compra de 15 milhões de projéteis para a Guarda Civil Espanhola no valor de 6,6 milhões de euros.

Após o anúncio da rescisão do contrato, Israel condenou "veementemente" a decisão do governo espanhol, dizendo que ele estava "sacrificando considerações de segurança por motivos políticos".

De acordo com a Chancelaria de Israel, com a decisão o governo da Espanha continuou a estar "do lado errado da história" e se posicionou "contra o Estado judeu, que está se defendendo contra ataques terroristas em sete frentes".

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