Uma fonte da Associated Press afirmou que o Hamas está aguardando para ver o que o Presidente dos Estados Unidos oferecerá em troca de seu gesto, na esperança de um fim para a guerra
O Hamas anunciou na noite de domingo que irá libertar o soldado israelense-americano Edan Alexander, que foi sequestrado pela organização terrorista durante seu ataque brutal contra Israel.
Segundo um alto funcionário dos EUA, o enviado especial do Presidente Donald Trump para assuntos de reféns, Adam Buehler, deve chegar a Israel junto com os pais de Alexander para recebê-lo após sua libertação do cativeiro do Hamas.
Nos últimos dias, mediadores internacionais pressionaram o Hamas a fazer um gesto em direção ao governo americano, tendo sido orientado, segundo relatos: "Dê um presente a Trump, e ele lhe dará um presente maior em troca". Uma fonte do Hamas disse à Associated Press que o grupo terrorista atendeu ao pedido e agora aguarda para ver quais concessões políticas o Presidente dos EUA pode oferecer em retorno.
O Presidente Trump comentou o acontecimento na noite de domingo em sua plataforma TRUTH, chamando a libertação de um "gesto de boa vontade aos EUA na tentativa de acabar com este conflito brutal". Ele acrescentou: "Espero que este seja o primeiro passo rumo ao fim desta guerra brutal. Aguardo com expectativa um dia de celebração."
O Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel divulgou um comunicado na manhã desta segunda-feira, esclarecendo que a libertação de Edan Alexander está sendo realizada sem que Israel tenha feito qualquer concessão, sendo resultado da pressão militar contínua das Forças de Defesa de Israel (IDF) e da forte coordenação diplomática com os Estados Unidos.
"A esperada libertação do soldado das IDF Edan Alexander, sem qualquer compensação, é possível graças à política militar e diplomática agressiva liderada pelo governo de Israel com o apoio do Presidente Trump. Isso inclui a pressão constante aplicada por nossos valentes soldados das IDF que atuam no coração de Gaza", dizia o comunicado.
A nota também destacou que Israel não concordou com nenhum cessar-fogo nem com a libertação de terroristas, apenas com a criação de um corredor seguro e limitado para viabilizar o retorno de Alexander.
"Estamos em dias decisivos, pois o Hamas está diante de uma proposta que pode levar à libertação de outros reféns. As negociações continuarão sob fogo, e os preparativos estão em andamento para intensificar as operações militares", concluiu o Gabinete do Primeiro-Ministro.
Em seu comunicado oficial, o Hamas reconheceu que a libertação ocorre em meio a esforços internacionais por um cessar-fogo, afirmando que manteve recentemente conversas com a administração americana e demonstrou o que chamou de "postura positiva". O grupo terrorista enquadrou a libertação de Alexander como parte de esforços mais amplos para avançar um acordo, reabrir as passagens de fronteira e facilitar o envio de ajuda humanitária.
O Hamas também expressou disposição para participar de "negociações intensivas" por um acordo de troca de prisioneiros e pela "gestão de Gaza por entidades profissionais independentes", alegando que isso ajudaria a garantir estabilidade a longo prazo e a reconstrução da Faixa. O grupo ainda agradeceu ao Catar, Egito e Turquia pelos contínuos esforços de mediação.
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