Reino Unido, França e Canadá ameaçam impor 'ações concretas' e sanções contra Israel

O presidente da França, Emmanuel Macron, em evento em Versalhes nesta segunda-feira (19) (Foto: EFE/EPA/Gonzalo Fuentes)

O governo de Israel ainda não se manifestou sobre o comunicado dos governos do Reino Unido, França e Canadá


Os governos do Reino Unido, da França e do Canadá divulgaram nesta segunda-feira (19) uma declaração conjunta na qual reivindicaram que Israel suspenda imediatamente a operação militar na Faixa de Gaza e permita a entrada de mais ajuda humanitária no enclave – caso contrário, pretendem tomar "ações concretas" contra o país.

Em março, Israel retomou a ofensiva militar em Gaza contra o Hamas, após um impasse nas negociações para a libertação de mais reféns, e bloqueou a entrada de ajuda humanitária, de forma a pressionar o grupo terrorista, a quem acusa de desviar a maior parte do auxílio que entra no enclave.

No comunicado, os governos francês, canadense e britânico criticaram o anúncio da gestão do Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, de que voltou a permitir a entrada de "uma quantidade básica de alimentos" em Gaza, como sendo "totalmente inadequado".

"Apelamos ao governo israelense para que cesse suas operações militares em Gaza e permita imediatamente a entrada de ajuda humanitária em Gaza. Isso deve incluir o diálogo com a ONU para garantir o retorno da entrega de ajuda em conformidade com os princípios humanitários. Apelamos ao Hamas para que liberte imediatamente os reféns restantes que mantém presos de forma tão cruel desde 7 de outubro de 2023", afirmaram.

"Israel sofreu um ataque hediondo em 7 de outubro. Sempre apoiamos o direito de Israel de defender os israelenses contra o terrorismo. Mas essa escalada é totalmente desproporcional", alegaram.

"Não ficaremos de braços cruzados enquanto o governo Netanyahu realiza essas ações atrozes. Se Israel não cessar a nova ofensiva militar e suspender suas restrições à ajuda humanitária, tomaremos novas medidas concretas em resposta", disseram na nota.

Os três governos também criticaram a expansão dos assentamentos judaicos na Cisjordânia, que descreveram como "ilegais", e afirmaram que tal política "mina a viabilidade de um Estado palestino e a segurança de israelenses e palestinos". "Não hesitaremos em tomar novas medidas, incluindo sanções específicas", ameaçaram.

O governo de Israel ainda não se manifestou sobre o comunicado dos governos do Reino Unido, França e Canadá.

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