Sánchez defendeu a exclusão de Israel do Eurovision em seu discurso durante um evento em Madri
O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, sugeriu nesta segunda-feira (19) que Israel seja excluído de competições e eventos internacionais, como o festival musical Eurovision, devido à guerra com o Hamas na Faixa de Gaza.
Sánchez defendeu a exclusão de Israel do Eurovision em seu discurso durante um evento em Madri, no qual destacou que "ninguém levou as mãos à cabeça" quando, após a invasão da Ucrânia, foi exigido que a Rússia fosse excluída de competições internacionais e que não participasse do festival.
"Israel também não deveria. Não podemos permitir dois pesos e duas medidas, nem mesmo na cultura", enfatizou, antes de enviar "um abraço de solidariedade aos povos ucraniano e palestino que estão sofrendo com a insensatez da guerra e dos bombardeios".
O chefe do governo da Espanha enfatizou que a cultura ajuda a combater os medos, a expressar emoções e a construir pontes entre as sociedades, e rejeitou a opinião daqueles que defendem um setor cultural "banal, mudo e equidistante".
Por esse motivo, Sánchez apoiou o fato de que a cultura, "a forma mais autêntica e livre de expressar ideias", deve ser usada para defender a democracia e para pedir o fim da guerra na Ucrânia e na Faixa de Gaza.
Nesse sentido, o governante enfatizou que a Espanha está demonstrando um compromisso constante e "coerente" com a legalidade internacional.
Durante o evento, a estatal Radio Televisión Española transmitiu mensagens de apoio aos palestinos, apesar de sido ameaçada com sanções da organização por violar as regras de neutralidade política do concurso musical.
O canal estatal transmitiu uma mensagem antes da final pedindo "paz e justiça para a Palestina", depois que a União Europeia de Radiodifusão (EBU), organizadora do festival Eurovision, alertou que poderia multá-lo se repetisse seus comentários sobre a guerra entre Israel e Hamas.
Israel foi representado neste ano pela artista Yuval Raphael, sobrevivente do massacre terrorista de 7 de outubro de 2023. A cantora foi vaiada em diversas ocasiões da competição e terminou em segundo lugar com 357 pontos, atrás dos 436 do vencedor austríaco.
Militantes contra Israel protestaram contra apresentação de artista
Ativistas pró-palestinos foram às ruas de Basileia, na Suíça, onde acontece o evento musical, em protesto contra a participação da cantora israelense Yuval Raphael.
O ato, organizado no sábado, terminou em confronto com a polícia local pouco antes da apresentação da cantora.
Os militantes críticos da ofensiva de Israel na Faixa de Gaza gritavam e seguravam cartazes com frases "Não à Música para Assassinatos" e "Cantem enquanto Gaza Arde". Alguns manifestantes também queimaram bandeiras de Israel e dos Estados Unidos no protesto.
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