"Os houthis anunciaram que não estão bem; ao menos anunciaram para nós que não querem mais lutar"
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (6) que o país deixará de bombardear os rebeldes houthis do Iêmen porque, segundo ele, eles decidiram "capitular" e parar seus ataques no mar Vermelho.
Trump fez os comentários durante uma reunião no Salão Oval da Casa Branca com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, no mesmo dia em que EUA e Israel atingiram vários pontos de Sanaa, capital do Iêmen, em uma operação contra os houthis.
"Os houthis anunciaram que não estão bem; ao menos anunciaram para nós que não querem mais lutar. Eles simplesmente não querem lutar. E nós cumpriremos a promessa e interromperemos os bombardeios", explicou.
"Eles capitularam, mas o mais importante é que acreditamos em sua palavra. Eles dizem que não vão mais explodir navios, e esse era o objetivo do que estávamos fazendo", declarou Trump.
O presidente americano lembrou que os EUA lançaram uma campanha de bombardeio contra os houthis porque o grupo, listado como terrorista pelo país, estava "derrubando [sic] muitos navios" no mar Vermelho.
No entanto, os houthis em Sanaa afirmaram hoje que o "apoio do Iêmen à Palestina não cessará" e que as operações militares contra navios no mar Vermelho, que começaram em 2023 em resposta à ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, continuarão.
Nesta terça-feira, o governo de Omã anunciou que mediou o cessar-fogo entre os Estados Unidos e o grupo rebelde Houthi. Segundo o chanceler omanita, Badr Albusaidi, após negociações com autoridades dos EUA e de Sanaa, foi firmado um acordo para que "nenhum dos lados ataque o outro", incluindo embarcações americanas no mar Vermelho e no estreito de Bab al-Mandab. O anúncio veio horas depois da declaração de Trump sobre a suspensão dos bombardeios.
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