Trump acrescentou que o Vaticano, representado pelo papa Leão XIV, "declarou que estaria muito interessado em sediar as negociações". "Que o processo comece!"
Após uma conversa de duas horas por telefone com o ditador da Rússia, Vladimir Putin, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (19) que os governos russo e da Ucrânia iniciarão "imediatamente" negociações para uma trégua na guerra iniciada em fevereiro de 2022.
"Rússia e Ucrânia iniciarão imediatamente negociações para um cessar-fogo e, mais importante, para o fim da guerra. As condições para isso serão negociadas entre as duas partes, como só poderia ser, porque elas conhecem detalhes de uma negociação dos quais ninguém mais teria conhecimento", escreveu Trump na sua rede social, Truth Social.
O presidente americano disse que informou essa posição aos presidentes da Ucrânia, Volodymyr Zelensky; da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; e da França, Emmanuel Macron; à primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni; ao chanceler Friedrich Merz, da Alemanha; e ao presidente da Finlândia, Alexander Stubb, em outra conversa telefônica, logo após a ligação com Putin.
Trump acrescentou que o Vaticano, representado pelo papa Leão XIV, "declarou que estaria muito interessado em sediar as negociações". "Que o processo comece!", disse o presidente republicano.
Em declarações publicadas pela agência russa Tass, Putin disse que a conversa com Trump foi "franca e substantiva" e o ditador russo "expressou sua posição sobre o cessar-fogo".
Não está claro em qual sentido as conversas anunciadas hoje por Trump serão diferentes das que foram retomadas na semana passada: na sexta-feira (16), representantes da Ucrânia e da Rússia realizaram em Istambul as primeiras negociações presenciais desde conversas que foram abandonadas logo após o início da guerra, em 2022.
Não houve acordo para um cessar-fogo, mas Kiev e Moscou se comprometeram a seguir conversando e acertaram a libertação de 2 mil prisioneiros de guerra.
Quando foi confirmado que Putin não iria para as negociações na Turquia (o que levou à desistência de Zelensky), Trump declarou que nada "iria acontecer" nas negociações enquanto ele não se reunisse com o ditador russo.
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