'Decepcionado', Trump dá duas semanas para Putin mostrar que quer a paz

Presidente americano afirmou que, se ficar claro que Putin está “enrolando” os EUA, a resposta será “um pouco diferente” (Foto: EFE/EPA/Chris Kleponis)

Nos últimos dias, o presidente americano expressou frustração com os recentes ataques da Rússia às cidades ucranianas

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfatizou nesta quarta-feira (28) que está "muito decepcionado" com o ditador da Rússia, Vladimir Putin, pelos contínuos ataques à Ucrânia e estabeleceu um prazo de cerca de duas semanas para determinar se ele tem a intenção real de chegar à paz.

"Em cerca de duas semanas, saberemos se ele está nos enrolando ou não e, se estiver, responderemos de forma um pouco diferente", declarou Trump, além de se recusar a especificar as medidas que usaria para punir a Rússia.

"O que posso dizer é que estou muito decepcionado com o que aconteceu algumas noites atrás, quando pessoas morreram no meio do que chamaríamos de uma negociação. Estou muito decepcionado. Muito, muito decepcionado", acrescentou.

Em 19 de maio, Putin propôs a Trump, por telefone, trabalhar com a Ucrânia em um roteiro para a futura assinatura de um tratado de paz e uma lista de condições para um cessar-fogo.

Nos últimos dias, o presidente americano expressou frustração com os recentes ataques da Rússia às cidades ucranianas e, ontem, advertiu que Putin está "brincando com fogo".

O negociador-chefe da Rússia, Vladimir Medinsky, disse nesta quarta-feira que estava pronto para abrir negociações com a Ucrânia sobre o conteúdo de um memorando de acordo e as condições para um cessar-fogo. A Ucrânia já enviou sua parte.

Trump afirmou que está disposto a se sentar com Putin e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para resolver o impasse.

"Farei isso se for necessário. Gostaria que isso tivesse sido feito há alguns meses, mas agora estamos trabalhando com Putin e veremos em que pé estamos. Acho que estamos indo bem, mas veremos. Não gosto do que está acontecendo. Não gosto que foguetes sejam disparados contra cidades. Não vamos permitir isso", enfatizou.

Rússia e Ucrânia realizaram suas primeiras conversas diretas em três anos no dia 16 de maio, em Istambul, na Turquia, onde concordaram com uma troca de prisioneiros, mil de cada lado.

Apesar da implementação bem-sucedida desse acordo, nos últimos dias os militares russos intensificaram seus ataques a Kiev e a outras cidades ucranianas, o que provocou uma resposta com drones e apelos redobrados de Zelensky e dos líderes europeus para aumentar as sanções contra Moscou.

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