A polícia da Filadélfia segue investigando o caso como um possível crime de ódio
A Universidade Temple suspendeu um aluno — cuja identidade não foi revelada — após ele ter participado de um ato antissemita em um bar na cidade de Filadélfia, Pensilvânia, nos EUA, no último sábado (3). De acordo com o proprietário do estabelecimento, o estudante foi um dos dois clientes que pediram para exibir, junto com bebidas, um letreiro com insultos contra judeus. O episódio foi gravado, viralizou nas redes sociais e gerou forte repercussão nacional.
O caso aconteceu no Barstool Sansom Street, de propriedade do empresário Dave Portnoy, que é judeu. Em vídeo publicado na rede social X, Portnoy explicou que o letreiro com três palavras ofensivas foi exibido por funcionários do bar após solicitação direta de dois clientes — entre eles, o aluno da Universidade Temple. Segundo Portnoy, os funcionários violaram protocolos internos ao aceitar e realizar o pedido, o que levou à demissão imediata de dois deles. Outros dois, que estavam no local, mas não participaram diretamente, concordaram em visitar o antigo campo de concentração nazista de Auschwitz, na Polônia, como parte de uma medida educativa.
"Acredito que seja um desfecho justo", disse Portnoy. Ele também desabafou: "Depois de 20 anos com a Barstool, nunca enfrentei tanto ódio e tanto antissemitismo quanto no último ano e meio".
A universidade confirmou a suspensão preventiva do estudante envolvido e comunicou que novas punições poderão ser aplicadas.
"Estudantes da Temple estiveram envolvidos em um incidente antissemita fora do campus. Um aluno foi suspenso de forma cautelar. Outros que forem identificados enfrentarão medidas disciplinares severas, incluindo possível expulsão", afirmou o presidente da universidade, John Fry, em carta enviada nesta segunda-feira (5) à comunidade acadêmica.
O bar permaneceu neste domingo (4) e divulgou nota oficial repudiando o episódio.
"Estamos entristecidos, envergonhados e frustrados com esse incidente. Infelizmente, vários funcionários ignoraram todo o treinamento recebido e violaram nossa política de tolerância zero contra discurso de ódio e discriminação", declarou a administração.
O caso ocorre em meio ao aumento da vigilância do governo do Presidente Donald Trump sobre o combate ao antissemitismo em universidades norte-americanas. A Casa Branca já alertou que instituições que não protejam estudantes judeus poderão sofrer cortes no financiamento federal.
A polícia da Filadélfia segue investigando o caso como um possível crime de ódio. Até o momento, não houve acusações formais.
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