Assessor de Trump critica operação da PF contra Bolsonaro: 'Manual da esquerda'

O ex-presidente Jair Bolsonaro fala à imprensa após deixar a sede da Polícia Federal em Brasília nesta sexta-feira (18) (Foto: André Borges/EFE)

"Esse nível de instrumentalização do governo contra um oponente político é tão ruim quanto o que tentaram fazer com o Presidente Trump!", escreveu

Um assessor do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou nesta sexta-feira (18) a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-mandatário brasileiro Jair Bolsonaro.

"Jair Bolsonaro é um bom homem que foi um grande líder para o povo brasileiro. A esquerda tentou de tudo para detê-lo, inclusive tentou assassiná-lo há muitos anos. Agora, eles estão tentando prendê-lo, usando o mesmo manual que a esquerda usou contra o presidente Trump aqui", escreveu no X Alex Bruesewitz, assessor do presidente americano.

"Isso é antidemocrático e abre um precedente terrível! Todo líder deveria se manifestar contra esse grave abuso de poder!", acrescentou.

Numa postagem anterior, Bruesewitz afirmou que "o que [o ministro do STF] Alexandre de Moraes e o Supremo Tribunal Federal estão fazendo com o presidente Bolsonaro é perverso e errado".

"Esse nível de instrumentalização do governo contra um oponente político é tão ruim quanto o que tentaram fazer com o Presidente Trump!", escreveu.

Mais cedo, Bolsonaro foi alvo de mandados de busca e apreensão em sua residência e na sede do PL em Brasília. Os mandados foram emitidos por Moraes, que determinou também a imposição de medidas cautelares.

A operação contra Bolsonaro foi motivada, segundo Moraes, por conta da atuação do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, nos Estados Unidos para articular sanções contra autoridades brasileiras. A decisão que autorizou a ação foi colocada para votação dos demais ministros da Primeira Turma do STF, que formaram maioria para confirmar as medidas cautelares.

Entre as medidas cautelares impostas por Moraes, estão o uso de tornozeleira eletrônica, recolhimento noturno das 19h às 7h e proibição do uso de redes sociais, de contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, aliados investigados e de se aproximar de embaixadas.

Na quinta-feira (17), Trump publicou uma carta a Bolsonaro na sua rede social, a Truth Social, na qual afirmou que o julgamento contra o ex-presidente brasileiro no STF, por suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022, deveria ser encerrado.

Em carta enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 9, Trump anunciou que pretende impor uma sobretaxa de 50% na importação de produtos brasileiros a partir de agosto e alegou que Bolsonaro é vítima de perseguição judicial no julgamento no STF.

Também afirmou que decisões "secretas e ilegais" de Moraes relativas a big techs americanas representaram ataques à liberdade de expressão de cidadãos americanos e que o Brasil adota práticas comerciais injustas contra os Estados Unidos.

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