Flexibilidade israelense leva EUA a se comprometer com negociações para pôr fim à guerra

O Presidente Donald Trump (à direita) se encontra com o Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu (à esquerda) no Salão Oval da Casa Branca, em Washington, DC, em 7 de abril de 2025 | Foto: EPA/YURI GRIPAS

O jornal Israel Hayom apurou que Jerusalém concordou em incluir garantias americanas de que as negociações levarão ao fim completo da guerra — uma mudança significativa que ocorreu após intensas discussões com o governo Trump e que agora coloca forte pressão sobre o Hamas para aceitar o acordo modificado de dois meses

Uma fonte com envolvimento direto nas negociações sobre os reféns confirmou na manhã desta quarta-feira que o plano de cessar-fogo mencionado pelo Presidente Donald Trump na noite de terça-feira — o qual ele afirmou que Israel aceitou como parte de uma pausa de 60 dias nos combates — não representa nenhuma mudança fundamental em relação ao acordo que Israel já havia aceitado nas últimas semanas.

O Israel Hayom ofereceu uma cobertura abrangente desses desdobramentos nos últimos dias. A modificação crítica na posição de Israel gira em torno da inclusão de garantias americanas explícitas no texto do acordo — assegurando que o cessar-fogo facilitará negociações rumo ao fim completo da guerra.

Outro compromisso adicional envolve a ampliação da ajuda humanitária aos moradores da Faixa de Gaza. Trump anunciou esses avanços por meio de uma postagem em sua rede social "Truth", confirmando que Israel aceitou os termos que viabilizam um acordo de cessar-fogo de dois meses. Em seguida, ele direcionou pressão ao Hamas, afirmando:

Meus representantes tiveram hoje uma reunião longa e produtiva com os israelenses sobre Gaza. Israel aceitou as condições necessárias para concluir o CESSAR-FOGO de 60 dias, durante o qual trabalharemos com todas as partes para pôr fim à guerra. Os catarianos e os egípcios, que têm trabalhado arduamente pela paz, entregarão esta proposta final. Espero, pelo bem do Oriente Médio, que o Hamas aceite este acordo, porque ele não vai melhorar — SÓ VAI PIORAR.


Essas declarações vieram após o encontro de Trump com o ministro Ron Dermer, que lidera a equipe de negociação de Israel nas conversas sobre os reféns.

O Primeiro-Ministro Benjamin Netanyahu, que visitará a Casa Branca na próxima semana, conduziu uma reunião restrita de segurança na noite de terça-feira, após os avanços nas negociações. As discussões focaram, em parte, na possibilidade de enviar uma delegação de negociadores ao Cairo.

A mídia egípcia informou nesta terça-feira que as delegações de Israel e do Hamas devem chegar em breve à capital para avançar nas negociações técnicas, o que ocorrerá poucos dias antes da reunião programada entre Netanyahu e Trump em Washington.

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