Mossad ajudou a desmantelar célula terrorista iraniana em Chipre que planejava ataques contra judeus

Veículos da polícia chegam a um tribunal, onde uma ordem de prisão preventiva foi emitida contra um homem suspeito de planejar o assassinato de empresários israelenses na ilha, em Nicósia, Chipre, em 6 de outubro de 2021 | Yiannis Kourtoglou/Reuters

Atentado frustrado graças à cooperação entre agências de inteligência de Chipre, Israel e Estados Unidos

Neste domingo (25), a mídia cipriota divulgou que Nicósia frustrou recentemente um atentado contra alvos israelenses e judaicos ao prender membros de uma célula terrorista vinculada ao Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. Após horas de silêncio, Jerusalém confirmou a informação por meio do Mossad.

A Guarda Revolucionária Islâmica do Irã, conhecida como um poderoso grupo militar autônomo, exerce influência sobre as forças armadas iranianas e desempenha um papel crucial na manutenção do regime dos aiatolás e na proteção dos seus interesses. Como resposta direta ao líder supremo do Irã, o Aiatolá Ali Khamenei, a Guarda Revolucionária age globalmente, difundindo o terrorismo islâmico.

De acordo com as informações divulgadas as autoridades cipriotas trabalharam em cooperação com os serviços de inteligência de Israel e dos Estados Unidos para frustrar o atentado. Este, aconteceria na segunda maior cidade cipriota, Limassol, contra alvos israelenses e judaicos.

Além disso, foi divulgado que os terroristas são agentes do serviço de inteligência do Irã, os quais estavam operando a partir do Chipre do Norte após chegarem à região em um voo proveniente da Rússia. Esses indivíduos foram identificados e monitorados pelas autoridades cipriotas ao longo de vários meses, durante os quais eles foram observados coletando informações sobre sinagogas e áreas frequentadas por membros da comunidade judaica local e turistas israelenses.

O Chipre do Norte, também conhecido como República Turca do Norte do Chipre, é uma região que está sob o controle da Turquia desde 1974, quando ocorreu a invasão turca. Essa região corresponde a aproximadamente um terço do território total de Chipre.

Apesar do atentado ter sido frustrado, infelizmente, o principal suspeito conseguiu escapar. Diante disso, foi emitido um mandado de prisão internacional contra ele, visando sua captura e responsabilização pelos seus atos.

Em um comunicado o Gabinete do Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, responsável pelas ações do Mossad, celebrou a ação das autoridades cipriotas.

"O Estado de Israel atua por meio de uma ampla gama de métodos e em todas as regiões para proteger judeus e israelenses. Continuaremos trabalhando para reprimir as ações terroristas do Irã, onde quer que elas ocorram, inclusive em território iraniano", afirma um comunicado divulgado por Jerusalém em nome do Mossad.

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