Netanyahu busca acordo com oposição para reforma judicial

Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu | Amos Ben-Gershom/GPO

"Este é o meu apelo a você, no qual estendo a mão em busca de paz e respeito mútuo entre nós", declara Netanyahu


Na noite desta segunda-feira (24), o Primeiro-Ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, dirigiu-se à nação após o Knesset aprovar o projeto de lei mais importante da reforma judicial de seu governo, o qual desencadeou protestos em massa em todo o país.

"Hoje, tomamos uma medida democrática necessária com o objetivo de restaurar um grau de equilíbrio entre as autoridades, que estavam estabelecidas há 50 anos. A emenda sobre a cláusula de razoabilidade foi aprovada para permitir que o governo eleito conduza as políticas de acordo com as decisões da maioria dos cidadãos do país", afirmou Netanyahu.

"Cumprir a vontade do eleitor não representa, de forma alguma, 'o fim da democracia' – é a essência da democracia. Dada a importância desse assunto, a coalizão trabalhou incansavelmente para alcançar acordos com a oposição", destacou.

No entanto, Netanyahu prometeu "perseverar na busca por negociações e alcançar acordos".

"Nos próximos dias, a coalizão entrará em contato com a oposição para iniciar um diálogo entre nós. Estamos prontos para discutir todos os assuntos imediatamente e realizar rodadas de conversações durante o recesso, com o objetivo de alcançar um acordo abrangente sobre todos os temas. Se necessário, estamos dispostos a estender o prazo até o final de novembro", afirmou Netanyahu.

"Digo aos líderes da oposição: podemos continuar discutindo, podemos continuar lutando, mas também temos outra opção: podemos alcançar acordos sobre o futuro.

Vamos chegar a um acordo. Este é o meu apelo a vocês, e estendo minha mão em busca de paz e respeito mútuo entre nós", declarou o primeiro-ministro.

Ele também enfatizou que o IDF (Forças de Defesa de Israel) "deve se manter afastado de qualquer controvérsia política".

"O pedido de recusa prejudica a segurança de todos os cidadãos do país. Nenhum governo tem a possibilidade de se submeter aos ditames de recusa, e não vamos nos submeter a tais ditames. Apelo a vocês, nossos irmãos e irmãs que servem nas reservas – deixem o serviço nas IDF fora do debate político", exortou
Netanyahu.

Ele concluiu se dirigindo aos "inimigos" de Israel.

"Eu sei que você não sabe o que é democracia. Não tente impor seus argumentos sobre nós. Como sempre, estaremos ombro a ombro e repeliremos juntos qualquer ameaça ao nosso querido país", prometeu
Netanyahu.

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