Ministro iraniano visita Japão pela primeira vez desde 2019

Chanceler iraniano, Hossein Amirabdollahian (esquerda), encontra-se com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na residência oficial de Kishida em Tóquio, Japão | Issei Kato/POOL/AFP

Durante uma entrevista em Tóquio com repórteres, Amir-Abdollahian negou que o Irã tenha fornecido armas à Rússia, afirmando que 'não escolhemos um lado em nenhuma guerra'

O ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, visitou o Japão nesta segunda-feira (7), marcando sua primeira visita ao país desde 2019.

Embora o objetivo da visita não tenha sido anunciado oficialmente, relatos sugerem que Tóquio pode pressionar Teerã a interromper o fornecimento de armas à Rússia. Essa questão ganhou destaque após o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, revelar que a Ucrânia abateu 178 drones de ataque lançados pelos russos na semana passada, incluindo 87 Shaheds de fabricação iraniana.

Amir-Abdollahian se encontrou com o ministro das Relações Exteriores do Japão, Yoshimasa Hayashi, com ambos saudando a oportunidade de ter conversas cara a cara em Tóquio.

"Estou grato por ter esta oportunidade de troca de opiniões" sobre questões bilaterais, regionais e internacionais, disse o diplomata iraniano.

Antes da reunião em Tóquio, Amir-Abdollahian reiterou aos repórteres que o Irã "não escolheu um lado em nenhuma guerra", negando veementemente qualquer fornecimento de armas à Rússia, segundo o Jiji Press.

Ele acrescentou que o Irã "nunca forneceu drones a nenhum país para uso na Ucrânia", segundo o relatório. Além disso, Amir-Abdollahian fará uma visita de cortesia ao primeiro-ministro Fumio Kishida, conforme informado pela emissora privada TBS.

A TBS, citando fontes não identificadas do governo, relatou que o Japão levantaria a questão das exportações de armas para a Rússia durante as conversas com o ministro iraniano. Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Japão afirmou que o ministro Hayashi "pediu ao Irã que adotasse medidas construtivas, reiterando a posição do Japão em relação à invasão da Rússia na Ucrânia".

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