Mais de 3.000 militares dos EUA chegam ao Mar Vermelho em meio às tensões com o Irã

Um marinheiro da Marinha dos EUA do USS Bataan monitorando enquanto o navio de assalto anfíbio transita pelo Canal de Suez com a 26ª Unidade Expedicionária da Marinha | DVIDS/AFP

A implantação se soma a um crescente acúmulo militar dos EUA nas tensas hidrovias do Golfo

A Marinha dos EUA anunciou nesta segunda-feira (7) que dois navios de guerra, transportando mais de 3.000 militares americanos, chegaram ao Mar Vermelho em resposta às apreensões de petroleiros pelo Irã.

No domingo, os marinheiros e fuzileiros navais dos EUA entraram no Mar Vermelho após atravessarem o Canal de Suez em uma implantação que havia sido previamente anunciada, de acordo com um comunicado da Quinta Frota da Marinha Americana. A chegada foi realizada a bordo dos navios de guerra USS Bataan e USS Carter Hall, fornecendo à Quinta Frota "maior flexibilidade e capacidade marítima", conforme mencionado no comunicado emitido pelo comando baseado no Bahrein.

A implantação se soma a um crescente acúmulo militar dos EUA nas tensas hidrovias do Golfo. De acordo com os militares dos EUA, nos últimos dois anos, o Irã apreendeu ou tentou assumir o controle de quase 20 navios de bandeira internacional na região.

O porta-voz da Quinta Frota, comandante Tim Hawkins, afirmou à AFP que o pessoal adicional ajudará nos esforços "para conter a atividade desestabilizadora e reduzir as tensões regionais causadas pelo assédio e apreensão de navios mercantes pelo Irã".

Durante uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Nasser Kanani, afirmou que as implantações dos EUA estão servindo apenas aos interesses de Washington.

"A presença militar do governo dos EUA na região nunca trouxe segurança. Pelo contrário, seus interesses nesta região sempre os levaram a fomentar a instabilidade e a insegurança", disse ele a repórteres.

"Estamos profundamente convencidos de que os países do Golfo Pérsico são capazes de garantir sua própria segurança", destacou.

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