Só em outubro, militares dos Estados Unidos localizados na Síria e no Iraque sofreram 16 atentados de forças aliadas aos aiatolás
O líder supremo do Irã, Seyyed Ali Khamenei, advertiu nesta quarta-feira (1º), na capital, Teerã, que "o regime sionista [Israel] vai ficar paralisado em questão de dias se os Estados Unidos deixarem de apoiá-lo [com dinheiro e armas]". O aiatolá disse ainda que a vitória final do grupo terrorista Hamas, que comanda a Faixa de Gaza, não vai demorar a acontecer.
"O regime sionista está agora num estado de choque e desespero e não sabe o que fazer. Tudo o que faz não é urgente", afirmou durante um encontro com um grupo de jovens por conta das comemorações do Dia Nacional do Estudante e do Dia Nacional de Combate à Arrogância Global — ambas as datas são comemoradas no Irã.
A declaração da principal autoridade do Irã ocorre depois de uma sequência de ataques a bases militares dos Estados Unidos e de seus aliados na Síria e no Iraque, com pelo menos 16 episódios somente em outubro. Os ataques partiram de forças iranianas e aliados dos aiatolás.
Publicado originalmente em R7
A declaração da principal autoridade do Irã ocorre depois de uma sequência de ataques a bases militares dos Estados Unidos e de seus aliados na Síria e no Iraque, com pelo menos 16 episódios somente em outubro. Os ataques partiram de forças iranianas e aliados dos aiatolás.
Na segunda-feira (30/10), o Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que se trata de uma "reação" à ajuda prestada por Washington a Israel na guerra contra os terroristas do Hamas. "Você colhe o que planta. Apoiar e provocar tensão desencadeia uma reação", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Naser Kanani.
Os Estados Unidos contam com 900 soldados na Síria e cerca de 2.500 no Iraque, atualmente em combate contra o grupo Estado Islâmico, e fazem frequentemente operações contra terroristas.
Ameaças a Israel
Ali Khamenei convocou os governos de países islâmicos a parar os "implacáveis bombardeios" na Faixa de Gaza imediatamente. "O que os governos islâmicos precisam insistir é o imediato cessar de crimes em Gaza. Eles precisam imediatamente parar as bombas em Gaza e interromper a exportação de petróleo e comida para o regime sionista [Israel]", disse.
O líder supremo do Irã disse que a batalha não é entre Gaza e Israel, mas entre a verdade e a falsidade e entre o poder da fé e o poder da arrogância. O povo de Gaza conseguiu "mudar a consciência humana" com sua paciência.
O líder supremo do Irã disse que a batalha não é entre Gaza e Israel, mas entre a verdade e a falsidade e entre o poder da fé e o poder da arrogância. O povo de Gaza conseguiu "mudar a consciência humana" com sua paciência.
"Veja o que está acontecendo no mundo: nos países ocidentais, no Reino Unido, na França, Itália e em vários estados dos Estados Unidos, as pessoas vão às ruas em multidões e entoam gritos contra Israel e os Estados Unidos", disse.
Ali Khamenei disse que a expulsão da embaixada americana de Teerã em 1979 pelos estudantes foi um desastre para Washington. "Os Estados Unidos fracassaram em novembro de 1979. Foi um duro golpe da nação iraniana aos EUA", afirmou.
Instalações nucleares
Ontem, o grupo terrorista Houthi, também conhecido como Ansar Allah, que atua no Iêmen, ameaçou atacar instalações nucleares de Israel na cidade de Dimona, no deserto do Neguev, a mais de 1.800 km da costa iemenita. Essa milícia é mais uma da região patrocinada pelo Irã.
Em uma imagem compartilhada pelos houthis, o Centro de Pesquisa Nuclear Shimon Peres Neguev aparece no centro do desenho de um alvo com escritas em hebraico e em árabe em que se diz: "Não hesitaremos". "Dimona está ao alcance de nossos mísseis", acrescentaram os extremistas.
Publicado originalmente em R7
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