O governo da Turquia mantém estreita comunicação com a liderança do Hamas, desde o início da guerra, em Outubro
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta quarta-feira (6) que Israel "pagaria um preço muito alto" se tentasse eliminar membros do Hamas que residem no país.
A declaração surge dias depois de serem divulgadas gravações do chefe da agência de segurança israelense, Shin Bet, dizendo que seu país está determinado a matar líderes do grupo terrorista palestino "em todos os locais" do mundo, incluindo no Líbano, na Turquia e no Catar.
Após a publicação das gravações, o chefe de Estado turco alertou que a ação provocaria graves consequências a Israel. "Eles não conhecem os turcos. Eles não nos conhecem… Se cometerem tal erro, deveriam saber que pagarão um preço muito alto por isso. Se ousarem tomar tal medida contra a Turquia e os turcos, estarão condenados a pagar o preço, a nunca mais conseguirem se levantar", afirmou Erdogan antes de deixar o Catar, onde participou de reuniões diplomáticas.
Durante um discurso na cimeira do Conselho de Cooperação do Golfo em Doha, nesta terça-feira (5), o presidente turco defendeu que Israel não deveria "escapar impune" de supostos crimes de guerra cometidos em Gaza, na guerra entre o país e o Hamas, grupo que Erdogan não considera terrorista.
"Trouxemos os crimes de guerra cometidos em Gaza para a agenda do tribunal e iremos acompanhar isto. Netanyahu não poderá evitar o pagamento da pena pelas suas ações. Mais cedo ou mais tarde, ele será julgado e pagará o preço pelos crimes de guerra que cometeu", disse o líder turco.
O governo da Turquia mantém estreita comunicação com a liderança do Hamas, desde o início da guerra, em Outubro. O país árabe possui laços profundos com o grupo terrorista ao longo dos anos, permitindo que a milícia opere a partir de um escritório em Istambul por mais de uma década.
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