Soleimani morreu em decorrência de um ataque de drone em 3 de janeiro de 2020, perto do aeroporto de Bagdá, quando Trump era presidente dos Estados Unidos
Um tribunal do Irã condenou nesta quarta-feira (6) o governo dos Estados Unidos e outras 41 instituições e indivíduos americanos a pagar US$ 49,7 bilhões (R$ 240 bilhões) pelo assassinato do general Qasem Soleimani no Iraque, em 2020.
O juiz Hosseinzadeh, que dirige o Tribunal de Relações Internacionais, condenou as instituições e indivíduos americanos após três audiências de uma ação movida por 3.118 demandantes pelo assassinato de Soleimani, informou a agência Mizan, vinculada ao Judiciário iraniano.
Os US$ 49,7 bilhões seriam utilizados, segundo a decisão, para compensar pessoas que "sofreram danos" com a morte do general que comandava a Força Quds da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) e era considerado um herói nacional.
Os tribunais iranianos condenam frequentemente autoridades ou indivíduos dos EUA a pagarem indenizações por crimes supostamente cometidos contra a República Islâmica do Irã, mas nunca recebem nenhuma dessas compensações.
Entre os condenados dessa vez estão o governo dos EUA, o Departamento de Estado, a CIA, o Banco Central americano, a empresa Lockheed Martin, o ex-presidente Donald Trump e o ex-secretário de Estado Mike Pompeo.
O tribunal também indicou que os condenados devem publicar um pedido oficial de desculpas em jornais de grande circulação.
Soleimani morreu em decorrência de um ataque de drone em 3 de janeiro de 2020, perto do aeroporto de Bagdá, quando Trump era presidente dos Estados Unidos. Sua morte causou uma grave crise entre Teerã e Washington.
No mês de outubro, um tribunal em Teerã condenou o governo dos EUA a pagar uma indenização de US$ 420 milhões (R$ 2 bilhões) a 14 iranianos que foram atacados pelas forças americanas durante uma operação fracassada para libertar reféns americanos em 1980.
Antes, em abril, um tribunal iraniano condenou nove indivíduos e entidades dos EUA a pagar uma indenização de US$ 312,9 milhões (R$ 1,5 bilhão) às famílias das vítimas de dois ataques terroristas reivindicados pelo Estado Islâmico (EI) em 2017.
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