Na nova capa, The Economist declara 'Israel sozinho' em meio à crítica global à guerra em Gaza

"Ainda há um caminho estreito para sair do cenário infernal de Gaza. Mas num momento de poder militar, Israel parece profundamente vulnerável"

A capa da última edição da The Economist declara que Israel se encontra internacionalmente isolado enquanto enfrenta críticas globais crescentes pela guerra em Gaza contra o Hamas.

Sob o texto "Israel sozinho", a capa da revista semanal britânica mostra uma bandeira de Israel plantada na areia com prédios danificados em Gaza ao fundo.

There is still a narrow path out of the hellscape of Gaza. But at a moment of military might, Israel looks deeply vulnerable https://t.co/Y1wC7bUe2l pic.twitter.com/EdFhTjBaqY

— The Economist (@TheEconomist) March 21, 2024

"Num momento de poderio militar, Israel parece profundamente vulnerável

A América deveria ajudá-lo a encontrar uma estratégia melhor.

Ainda há um caminho estreito para sair do caos de Gaza. Um cessar-fogo temporário e a libertação de reféns poderiam causar uma mudança no governo de Israel; os remanescentes dos combatentes do Hamas no sul de Gaza poderiam ser contidos ou desaparecer; e a partir dos escombros, conversas sobre uma solução de dois estados poderiam começar, garantidas pelos Estados Unidos e seus aliados do Golfo. No entanto, é tão provável que as conversas de cessar-fogo fracassem. Isso poderia deixar Israel preso na trajetória mais sombria de seus 75 anos de existência, caracterizada por uma ocupação interminável, políticas de extrema-direita e isolamento. Hoje, muitos israelenses estão em negação sobre isso, mas um acerto de contas político virá eventualmente. Isso determinará não apenas o destino dos palestinos, mas também se Israel prospera nos próximos 75 anos.

Se você é amigo de Israel, este é um momento profundamente desconfortável. Em outubro, iniciou uma guerra justificada de autodefesa contra o Hamas, cujos terroristas cometeram atrocidades que ameaçam a ideia de Israel como uma terra onde os judeus estão seguros. Hoje, Israel destruiu talvez metade das forças do Hamas. Mas de formas importantes, sua missão falhou..."