Em encontro com Vance, Zelensky pede garantias de segurança para a Ucrânia

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky e o vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, em encontro em Munique nesta sexta-feira (Foto: EFE/EPA/Presidência da Ucrânia)

Em declarações à imprensa após a reunião, 
Vance disse que as conversas foram "proveitosas"


Num encontro durante a Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha, o vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, falaram nesta sexta-feira (14) sobre as negociações para acabar com a guerra do país do leste europeu contra a Rússia.

A conversa ocorreu na semana em que o Presidente americano, Donald Trump, anunciou que ele e o ditador russo, Vladimir Putin, concordaram em iniciar negociações para o fim do conflito.

Em declarações à imprensa após a reunião, Vance disse que as conversas foram "proveitosas", mas que ainda é cedo para sinalizar para onde as negociações caminharão.

"Fundamentalmente, o objetivo é como o Presidente Trump descreveu: queremos que a guerra chegue ao fim. Queremos que a matança pare, mas queremos alcançar uma paz duradoura, não o tipo de paz que levará a Europa Oriental ao conflito daqui a alguns anos", disse o vice-presidente americano, segundo informações da CNN.

"É importante nos reunirmos e começarmos as conversas que serão necessárias para encerrar essa coisa. É tudo o que vou dizer por enquanto, porque quero preservar as opções aqui para os negociadores e nossas respectivas equipes encerrarem essa coisa de forma responsável", afirmou Vance.

Zelensky agradeceu novamente pelo apoio americano e disse que essa primeira reunião com Vance "não será a última, tenho certeza".

"Realmente, o que precisamos é falar mais, trabalhar mais e preparar o plano de como parar Putin e terminar a guerra. Realmente, queremos muito a paz, mas precisamos de garantias reais de segurança, e continuaremos nossas reuniões e nosso trabalho", disse o mandatário ucraniano.

Antes do encontro na Alemanha, Vance disse ao The Wall Street Journal que "continua sobre a mesa" a opção de pressionar a Rússia com sanções e "até mesmo ações militares" se Moscou não negociar de boa-fé.

Em resposta, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, pediu explicações. "Trata-se de um novo elemento e uma nova posição que não ouvimos antes. Esperamos explicações adicionais durante os próximos contatos", disse, em sua coletiva de imprensa diária por telefone.

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