Segundo o Escritório de Direitos Civis (OCR), a Universidade de Columbia "falhou continuamente na proteção dos estudantes judeus"
O governo de Donald Trump acusou a Universidade de Columbia, em Nova York, de violar a lei federal de direitos civis ao demonstrar "uma indiferença deliberada" pelo estudantes judeus desde o massacre do Hamas em 7 de outubro de 2023.
O Escritório de Direitos Civis do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) divulgou um comunicado acusando a universidade, uma das mais prestigiadas do país, de violar o Título VI da Lei dos Direitos Civis de 1964, que proíbe a discriminação com base em raça, cor e origem nacional em programas e atividades que recebem fundos federais.
O anúncio do governo ocorre horas depois de a universidade de Nova York realizar uma de suas cerimônias de formatura, que foi interrompida por protestos de grupos anti-Israel. Cerca de 100 ativistas mascarados se manifestaram do lado de fora de suas portas em apoio aos palestinos, com ex-alunos queimando diplomas.
Segundo o Escritório de Direitos Civis (OCR), a Universidade de Columbia "falhou continuamente na proteção dos estudantes judeus", citando "extensas descobertas de uma investigação" conduzida desde 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou seu ataque terrorista contra Israel e o Exército israelense iniciou sua guerra na Faixa de Gaza.
O OCR concluiu que a universidade de Nova York não conseguiu estabelecer mecanismos eficazes de denúncia contra o antissemitismo até o verão de 2024, não cumpriu adequadamente suas próprias políticas e procedimentos ao responder queixas de estudantes judeus e não investigou nem disciplinou adequadamente o vandalismo em suas salas de aula, dando como exemplo a representação repetida de suásticas e outras imagens de ódio universalmente reconhecidas.
Anthony Archeval, diretor interino do Escritório de Direitos Civis do HHS, afirmou que "as descobertas documentam cuidadosamente o ambiente hostil que os estudantes judeus da Universidade de Columbia enfrentaram durante mais de 19 meses, o que impactou sua educação, segurança e bem-estar".
"Incentivamos a Universidade de Columbia a trabalhar conosco para chegar a um acordo que reflita mudanças significativas que realmente protejam os estudantes judeus", destacou.
O comunicado divulgado pelo governo Trump coincide com o anúncio de que proibirá a Universidade Harvard de matricular mais estudantes estrangeiros pelo mesmo argumento de a instituição ter falhado na proteção de estudantes judeus.
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