Rússia diz que entregará memorando à Ucrânia sobre acordo de paz após troca de prisioneiros

O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse que o documento a ser apresentado à Ucrânia terá “as condições para se chegar a uma solução estável, abrangente e de longo prazo” (Foto: EFE/EPA/ALEXANDER ZEMLIANICHENKO)

O chanceler russo destacou que o documento estabelecerá "as condições para se chegar a uma solução estável, abrangente e de longo prazo" para o conflito

A Rússia estará pronta para entregar à Ucrânia um memorando estabelecendo condições para a assinatura de um acordo de paz após a troca de mil prisioneiros entre os dois países acertada em 16 de maio em Istambul, na Turquia, e que começou nesta sexta-feira (23), declarou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

"Assim que a troca de prisioneiros for concluída, estaremos prontos para entregar à Ucrânia a minuta desse documento, cujo trabalho a Rússia está concluindo no momento", disse Lavrov à imprensa, conforme citado pela agência Tass.

Rússia e Ucrânia trocaram 290 prisioneiros de cada lado hoje, 120 dos quais eram civis, informou em comunicado o Ministério da Defesa russo, um processo que continuará nos próximos dias.

O chanceler russo destacou que o documento estabelecerá "as condições para se chegar a uma solução estável, abrangente e de longo prazo" para o conflito.

Ele aproveitou a oportunidade para alegar "a ligação direta, impossível de ignorar” entre a visita à Ucrânia do presidente da França, Emmanuel Macron; do primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer; do chanceler da Alemanha, Freidrich Merz; e da alta representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas, e os ataques maciços com drones lançados pela Ucrânia contra a Rússia nos últimos três dias.

Entre 20 e 23 de maio, a Ucrânia lançou o maior ataque com drones desde o início da guerra contra o território da Rússia, envolvendo 788 aparelhos.

"Aqueles que patrocinam o regime de Kiev, incluindo essas pessoas, não estão nem mesmo escondendo os fatos", declarou Lavrov, que acrescentou que a Rússia "estudará as consequências desse conflito depois que ele for resolvido, e será difícil para eles fugir de sua responsabilidade".

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