Israel convoca 60 mil reservistas para seguir com avanço militar em Gaza

O Exército de Israel emitiu nesta quarta-feira (20) cerca de 60 mil ordens de recrutamento para reservistas para seguir com o plano em Gaza. (Foto: EFE/EPA/HANNIBAL HANSCHKE)

"Estamos na fase final da tomada de decisões do Hamas e não deixaremos nenhum refém para trás"

O Exército de Israel emitiu nesta quarta-feira (20) cerca de 60 mil ordens de recrutamento para reservistas, depois do sinal verde para o prosseguimento dos planos militares para tomar a Cidade de Gaza — dado ontem pelo ministro da Defesa, Israel Katz.

"Como parte dos preparativos para a próxima fase da operação, cerca de 60 mil ordens de recrutamento para reservistas foram emitidas nesta manhã", escreveu em sua conta na rede social X o porta-voz do Exército israelense em árabe, Avichay Adraee.

Adraee acrescentou, ainda, que 20 mil reservistas previamente mobilizados receberão notificações para estender suas ordens de serviço.

Um oficial israelense, que falou com a imprensa internacional indicou que o Exército já começou os preparativos para expandir a ofensiva em direção à Cidade de Gaza.

Segundo o oficial, há tropas operando em Jabalia, ao norte da capital do enclave, e no bairro de Zeitun, onde os ataques se intensificaram desde que, há quase duas semanas, o gabinete de segurança israelense aprovou a tomada da capital de Gaza e outras áreas costeiras.

O oficial não detalhou quando começarão as evacuações nem quando as tropas entrarão na cidade, mas assegurou que a operação se desenvolverá em várias fases. Segundo a imprensa israelense, os combates poderiam se prolongar até o início de 2026.

Israel exige a libertação de todos os reféns para acordo

Na última terça-feira, um alto responsável israelense, questionado sobre a possibilidade de um cessar-fogo temporário, afirmou que Israel exige a libertação de todos os reféns que permanecem na Faixa de Gaza (20 vivos e 30 mortos).

A fonte explicou, em declaração sobre as negociações para um possível cessar-fogo na Faixa de Gaza, que "a política de Israel é coerente e não mudou".

"Israel exige a libertação de todos os 50 reféns, de acordo com os princípios estabelecidos pelo gabinete para pôr fim à guerra", acrescentou, sobre os cinco pontos que o governo israelense aprovou há mais de uma semana, junto com o plano de expandir a ofensiva em Gaza.

"Estamos na fase final da tomada de decisões do Hamas e não deixaremos nenhum refém para trás", acrescentou a fonte, que pediu anonimato.

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