Diplomatas ocidentais disseram ao i24NEWS que várias nações estão se opondo ao rascunho norte-americano para uma força de estabilização em Gaza, citando divergências sobre desmilitarização, coordenação com as IDF e supervisão da ONU
Alguns dos países que eram esperados para aprovar a resolução elaborada pelos Estados Unidos — que estabelece uma Força Internacional de Estabilização (ISF) para Gaza — levantaram reservas, disseram dois diplomatas ocidentais ao i24NEWS nesta terça-feira.
"Há muitas emendas", afirmou um dos diplomatas, acrescentando que "haverá uma verdadeira batalha em torno da redação e das atribuições dessa força".
De acordo com os diplomatas, vários pontos-chave estão no centro do debate. Entre eles, está se a ISF deverá ter a função de desmilitarização, uma cláusula fortemente rejeitada pelos países árabes, que insistem que a missão seja definida exclusivamente como uma força de manutenção da paz.
Outro ponto controverso diz respeito à atividade paralela das Forças de Defesa de Israel (IDF) em Gaza após o desdobramento da ISF, bem como à questão de se a nova força deverá apresentar relatórios periódicos ao Conselho de Segurança da ONU.
Nearly 40 nations and international organizations are now represented at the U.S.-led Civil Military Coordination Center (CMCC) in Israel after opening Oct. 17. Representatives are planning and working together to flow in commercial goods and aid from international partners,… pic.twitter.com/n1C5Ad9dMb
— U.S. Central Command (@CENTCOM) November 4, 2025
Em Jerusalém, autoridades israelenses estão acompanhando de perto as negociações. Embora esperem que a estrutura da resolução permaneça inalterada, cresce a preocupação de que Washington possa fazer concessões para garantir uma aprovação internacional mais ampla. Tais concessões, alertam autoridades israelenses, podem resultar em uma redação ou atribuições no texto final que prejudiquem os interesses estratégicos de Israel.
A ISF proposta faz parte de uma iniciativa mais ampla de Washington para estabilizar Gaza após o conflito, garantindo acesso humanitário, reconstrução da infraestrutura e prevenindo o ressurgimento de atividades terroristas.

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