Francisco pediu paz para a "atormentada Ucrânia" e expressou sua proximidade aos povos israelense e palestino
Os cardeais da Igreja Católica que elegerão o sucessor do papa Francisco a partir desta quarta-feira (7) em um conclave lamentaram nesta terça-feira as guerras na Ucrânia, no Oriente Médio e em outras partes do mundo e pediram um cessar-fogo "sem condições".
"Nós, Cardeais da Santa Igreja Romana, reunidos em congregação geral antes do início do conclave, constatamos com pesar que nenhum progresso foi feito para favorecer os processos de paz na Ucrânia, no Oriente Médio e em outras partes do mundo", diz um comunicado divulgado pela Santa Sé.
Os cardeais de todo o mundo, entre os quais o próximo pontífice será eleito, fizeram um apelo sincero a todas as partes envolvidas para que alcancem um cessar-fogo permanente o mais rápido possível e negociem a paz sem condições.
"Os ataques se intensificaram, especialmente contra a população civil, e, portanto, fazemos um apelo sincero a todas as partes envolvidas para que cheguem a um cessar-fogo permanente o mais rápido possível e negociem, sem pré-condições ou mais atrasos, a paz tão desejada pelas populações afetadas e pelo mundo inteiro", acrescentaram.
Para isso, os cardeais convidaram "todos os fiéis a intensificarem suas súplicas ao Senhor por uma paz justa e duradoura".
O Vaticano realizará a partir de amanhã, quarta-feira, um conclave na Capela Sistina para eleger o sucessor de Francisco, no qual participarão 133 cardeais com direitos a voto, ou seja todos aqueles com menos de 80 anos, enquanto dois deles não compareceram devido a problemas de saúde.
O pontífice argentino nunca deixou de pedir paz e soluções negociadas para os conflitos que assolaram o mundo durante seu ministério, de 2013 até sua morte no último dia 21 de abril.
Um dia antes da data do falecimento, em sua mensagem final de Páscoa para sua bênção Urbi et Orbi, Francisco pediu paz para a "atormentada Ucrânia" e expressou sua proximidade aos povos israelense e palestino, denunciando a "dramática e ignóbil situação humanitária" na Faixa de Gaza.
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