Um novo país deve se juntar aos Acordos de Abraão, segundo o enviado especial do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que fez o anúncio durante uma conferência de negócios na Flórida. Embora o enviado tenha se recusado a revelar publicamente o nome do país, o jornal Israel Hayom apurou que se trata do Cazaquistão, que mantém relações diplomáticas com Israel desde 1992
O enviado especial do Presidente Donald Trump, Steve Witkoff, afirmou nesta quinta-feira que o nome de mais um país que se juntará aos Acordos de Abraão será anunciado em breve, segundo a Reuters.
Além da Arábia Saudita — considerada a candidata mais proeminente para aderir aos acordos — outros países mencionados anteriormente incluem o Azerbaijão, que mantém laços estreitos e de longa data com Israel e para o qual tal anúncio teria um caráter amplamente simbólico, bem como a Indonésia e a Síria.
Enquanto isso, o Israel Hayom apurou que o país em questão é o Cazaquistão, que mantém relações diplomáticas com Israel desde 1992. Em 15 de setembro de 2020, o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos assinaram os Acordos de Abraão em uma cerimônia formal no gramado da Casa Branca, estabelecendo laços oficiais com Israel. Posteriormente, Marrocos e Sudão aderiram aos acordos, embora a recente guerra civil no Sudão tenha interrompido o processo de normalização, e o acordo ainda não tenha sido implementado.
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| Netanyahu e Trump durante a assinatura dos Acordos de Abraão (arquivo) | Foto: AFP |
As declarações de Witkoff na Flórida aumentam as especulações sobre a expansão do círculo de países que estabelecerão relações formais com Israel no âmbito da iniciativa lançada durante o governo Trump.
O Cazaquistão é o maior país da Ásia Central e o nono maior do mundo, com uma área de aproximadamente 2,7 milhões de quilômetros quadrados. É também o maior país sem saída para o mar. Cerca de 70% de sua população é muçulmana sunita, enquanto uma minoria cristã ortodoxa significativa representa cerca de 26%. O Cazaquistão conquistou sua independência após a dissolução da União Soviética, em 1991. Durante 28 anos, foi liderado pelo presidente Nursultan Nazarbayev, sucedido em 2019 por Kassym-Jomart Tokayev. No entanto, Nazarbayev manteve influência considerável sob o título de "Líder da Nação".
O Cazaquistão é uma república presidencialista, embora a oposição política atue sob fortes restrições. O país é rico em recursos naturais, incluindo petróleo — que representa cerca de 3% das reservas mundiais —, gás natural e minerais, o que o torna um importante ator econômico na região. Sua capital é Astana, e a maior cidade é Almaty.


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